Sabrina levará demanda de comerciantes ao Centraliza para discussão na Câmara

Relatora no Projeto Centraliza, vereadora Sabrina Garcez destaca que agora os próximos passos incluem oficializar a retirada da diretriz referente à pedestrianização do projeto

5 de junho de 2024 às 11:16

Na tarde desta terça-feira (4) a vereadora Sabrina Garcez discutiu com comerciantes e representantes de entidades ligadas ao comércio no Centro de Goiânia sobre a pedestrianização da Avenida Anhanguera, proposta incluída no Projeto Centraliza. Na reunião, que ocorreu na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Goiás (Fecomércio), a proposta de restringir o trânsito de veículos particulares no trecho entre as avenidas Araguaia e Tocantins não foi aceita pelos comerciantes.

Relatora no Projeto Centraliza, a vereadora Sabrina Garcez destacou que agora os próximos passos incluem oficializar a retirada da diretriz referente à pedestrianização do projeto, atendendo assim às demandas dos lojistas e assegurando um desenvolvimento mais harmonioso para o centro da cidade. Sabrina destacou ainda que o diálogo com os lojistas permitiu uma compreensão mais profunda das preocupações e desafios enfrentados por aqueles que têm seus negócios na região central.

“Neste momento é necessário uma abordagem mais inclusiva e sensível às necessidades da comunidade, garantindo que o projeto não apenas promova a revitalização urbana, mas também respeite e proteja os interesses dos comerciantes locais”, afirma a vereadora. Sabrina defende que a proposta de pedestrealização traz benefícios em potencial com a volta de pedestre caminhando pela via podendo observar as vitrines, levando atividades culturais e econômicas e circulação de pessoas com várias ações para fazer uma boa ação.

Para Simeyson Silveira, diretor de Relações Institucionais da Fecomércio, o Centraliza é um projeto de grande importância para a cidade. O centro é o coração da cidade, abrigando nossa história, nossa cultura e um comércio que precisa ser revitalizado. A preocupação dessa área é essencial, mas existe um ponto polêmico, especialmente para os lojistas que estão há muitos anos no centro. Qualquer menção a grandes intervenções causa desconforto devido a experiências negativas passadas.

“As intervenções na Avenida Anhanguera, por exemplo, levaram muitos lojistas a fecharem suas portas. O BRT também traumatizou a região central, causando o fechamento de várias lojas. Portanto, discutir mais uma intervenção, como a pedestrianização da Avenida Anhanguera, não parece apropriado neste momento. Não somos contra a criação do calçadão, mas acreditamos que este não é o momento certo para essa discussão. Temos outras grandes obras que precisam ser concluídas primeiro”, avalia o representante da Fecomércio.

Simeyson Silveira afirmou ainda que o Centraliza precisa ser aprovado e iniciado, gerando uma nova cultura para o centro e que, mesmo sendo uma boa discussão, a pedestrealização não é um assunto para agora. “Num futuro oportuno, quando o centro estiver revitalizado, com as pessoas de volta e o comércio pulsante novamente, poderemos discutir a criação do calçadão.Talvez, futuramente, o centro esteja mais preparado para essa discussão sobre o calçadão”, afirma.

Presidente da Associação Comercial e Industrial do Centro de Goiânia, Antônio Alves Ferreira destaca que a discussão ocorre em um momento oportuno, permitindo que a sociedade seja ouvida. Antônio ressalta que os comerciantes apoiaram o Projeto Centraliza e se envolveram antes do seu lançamento. No entanto, a parte que se refere ao calçadão do centro da cidade nos preocupa bastante, pois sabemos que a execução de obras públicas costuma ser lenta, e não podemos esperar mais.

“Qualquer intervenção de grande magnitude, como a criação desse calçadão, pode trazer resultados desastrosos para os moradores e comerciantes da área. A implementação de uma obra desse porte pode levar ao fechamento de todas as lojas na região. O centro é o coração da cidade, um ponto de passagem vital. Nós, que residimos e trabalhamos ali, estamos preocupados com essa situação. Embora apoiemos o projeto, a forma como ele será implementado nos causa insegurança”, avalia.

Por: Eliane Barros

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